13 outubro 2018

Venom, nem herói nem vilão


* Por Heloisa Viana

Venom é um personagem da Marvel Comics que teve seu debut nas tirinhas do Homem-Aranha. 

Simbionte alienígena, Venom usou originalmente o Aranha como hospedeiro durante algum tempo, mas, quando o herói consegue expulsá-lo, o monstro cria enorme rancor e procura outros hospedeiros para vingar-se. Até a chegada de Carnage, um vilão muitas vezes mais cruel, que faz os dois juntarem forças.

Essa é a premissa de Venom, o personagem dos quadrinhos. O do filme que estreou nos cinemas no dia 4 tem um universo totalmente novo. Seu hospedeiro, o jornalista bufo Eddie Brock, ainda é o mesmo, mas sua chegada e sua simbiose têm novo argumento.

Tom Hardy vive o anti-herói  numa roupagem bem mais próxima fisicamente ao quadrinho que a última mostrada no filme Homem-Aranha 3, em que o simbionte era vivido por Thoper Grace.


Eddie Brock é um jornalista que arranja sempre confusão por meter muito o nariz onde não é chamado em sua reportagens. Ao investigar o empresário e biólogo renomado Carlton Drake (Riz Ahmed), Brock acaba caindo em desgraça ao perder simultaneamente seu emprego e sua noiva (Michelle Williams). No entanto, seu faro estava certo, e Drake estava mesmo com o rabo preso. Ao tentar conseguir provas para seu editor, Eddie invade os laboratórios e acaba contaminado por um parasita.

Esse parasita, que lhe faz ter uma mudança de comportamento abrupta e ter força sobre-humana atende pelo nome de Venom, um simbionte trazido por Calrton Drake do espaço para pesquisas, que, em simbiose com Brock, faz surgir um super anti-herói, com tiradas ácidas, sarcasmo, e uma pitadinha de canibalismo e massacre. Apesar disto, não é um filme impróprio para crianças, já que não há cenas realmente explícitas de violência.

A crítica falou muito mal do filme, no entanto, não foi essa a impressão quando assistimos à sessão numa sala quase vazia de uma segunda-feira. Os atores são bons, o que contribui para a credibilidade da trama; o roteiro está bem estruturado e com pouquíssimos furos, o que prende a atenção do espectador; e a fotografia e efeitos especiais estão bem honestos.


Tudo isso proporcionará muita diversão caso queiram assistir ao início da saga de Venom. (Há uma cena final pós-créditos que deixa claro ter uma continuação em breve). 

Boa sessão!

* Heloisa Viana é jornalista e cineasta. Trabalhou para produtoras de cinema e já colaborou com o site Adoro Cinema. Aos 4 anos de idade, era membro e entusiasta do Clube do Mickey, do qual tinha crachá e chapéu com orelhas.

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